21 setembro 25 Lisboa e Vale do Tejo
Livro | “Projetos Arriscados” de Charlotte Van den Broeck foi apresentado a 18 de setembro
“Projetos Arriscados” de Charlotte Van den Broeck foi apresentado a 18 de setembro na Sede da Ordem dos Arquitectos
O livro da poeta e ensaísta neerlandesa Charlotte Van den Broeck (Turnhout, Bélgica, 1991), da editora Elsinore/Penguin Random House, foi apresentado na sede da Ordem dos Arquitectos no dia 18 de setembro.
A sessão contou com as presenças do arquiteto Carlos Lampreia, do psicanalista João Galamba de Almeida e do editor Diogo Madre Deus.
“Projetos Arriscados” narra uma viagem pela história de treze obras de arquitetura, como a Biblioteca Nacional de Malta, a Ópera Estatal de Viena, a Igreja de Saint-Omer ou a Piscina Municipal de Turnhout, pequena localidade belga de onde é originária a autora deste livro, e pelo destino trágico dos seus criadores.
Começa pelo caso das Piscinas Municipais de Turnhout, em Stadspark (2005-2011) de um arquiteto anónimo, cuja frequência está ligada à infância da escritora, e aos episódios recorrentes de fecho por avarias elétricas e fugas de água. Charlotte Van den Broeck liga os episódios das Piscinas às pinturas de David Hockney (incluindo as suas experiências digitais). Começa então a correr o boato que o projetista das Piscinas não teve um fim de vida pacífico.
“Construídos em épocas e locais diferentes, todos eles [os projetos] têm em comum o drama pessoal que desempenharam na vida de quem os projetou. Foram criações falhadas, disfuncionais, incompreendidas, mal recebidas; fracassos arquitetónicos que se revelaram fatais para os seus criadores levando-os a cometer suicídio.”
A autora é colaboradora do jornal De Standaard e professora de Análise Literária e Ensaística no Conservatório Real de Antuérpia.
Escreveu três volumes de poesia que lhe mereceram prémios, como o Prémio Herman de Coninck e o Prémio trienal Paul Snoek para melhor coleção de poesia em neerlandês.
“Projetos Arriscados” é a estreia da autora na prosa. Está traduzido em nove línguas.
Carlos Lampreia
É arquiteto, professor de projeto na FAAULL – Universidade Lusíada de Lisboa desde 1994, estudou na FAUP (Porto) e na FAUTL (Lisboa). Mestre em teoria de arquitetura, com o tema “Para uma arquitetura Objetiva”, 2002, FAAULL, doutorado em arquitetura, com “Conceito, lugar e matéria, uma estratégia na arquitetura e na arte contemporânea (1960-2000)”, 2017, FAAULL, e Investigador do CITAD (FCT). O seu ateliê em Lisboa, carloslampreia[x]arquitectos, “funciona de forma experimental, com a colaboração de jovens arquitetos e estudantes no sentido da materialização da arquitetura”.
João Galamba de Almeida
É psicólogo (ISPA e Universidade de Paris), pós-graduado em psicologia clínica e patológica e psicologia projetiva (Institut de Psychologie – Universidade René Descartes – Paris V). Com formação psicanalítica (Sociedade Portuguesa de Psicanálise), trabalha em avaliação psicológica, psicoterapia e psicanálise com adolescentes e adultos, em consultório privado.
Foi docente na Universidade Católica Portuguesa e é membro da Ordem dos Psicólogos Portugueses, com especialidades em Psicologia Clínica e da Saúde e em Psicoterapia.
Estuda filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, repartindo os seus interesses pela música lírica, literatura e cinema.
Imagens @ Nuno Almendra