2 junho 25 Lisboa e Vale do Tejo
“Da Arquitetura à Engenharia - Desafios e Boas Práticas Para a Coordenação e Integração de Projetos”
No passado dia 27 de maio teve lugar, no Auditório do Centro de Congressos do LNEC, a 2.ª edição do workshop "Da Arquitetura à Engenharia – Desafios e boas práticas para a coordenação e integração de projetos".
O evento foi organizado pela equipa do programa ReSist da CML, coordenada por Cláudia Pinto, e pelos representantes das várias ordens profissionais: David do Carmo Cachucho e Marco Lopes (SRLVT OA), Daniel Félix (convidado da SRLVT OA), Humberto Varum e Hugo Rodrigues (OE) e Carlos Rente (OET).
Com este workshop, pretendeu-se relevar, sobretudo em obras de reabilitação, a importância dos projetos de arquitetura e de engenharia de estruturas, bem como a necessidade de estes serem desenvolvidos em estreita colaboração, num processo de diálogo contínuo desde a fase inicial, promovendo resultados de maior qualidade e minimizando erros e incompatibilidades em fases mais avançadas dos processos.
A sessão de abertura contou com as intervenções de Laura Caldeira (Presidente do LNEC), Cláudia Pinto (CML), Pedro Novo (Presidente da SRLVT OA), José Manuel Sousa (OET), Humberto Varum (OE) e Joana Castro Almeida (Vereadora do Urbanismo da CML).
No Painel 1, intitulado «Do reforço à certificação: um caminho para uma cidade mais resiliente?», foi abordado o contexto da legislação nacional em matéria de regulamentos de construção antissísmica, bem como a aplicabilidade do «Relatório de Avaliação e Vulnerabilidade Sísmica (RAVS) – do princípio à prática», apresentado por António Correia (LNEC) e Cláudia Pinto (CML). Seguiram-se intervenções de Alexandre Costa (NCREP), Miguel Lourenço (JSJ) e Rui Pombo (A2P), que partilharam soluções para o reforço sísmico de edifícios, com enfoque na melhoria da resposta à ação sísmica e nos investimentos necessários para alcançar essa melhoria.
A mesa-redonda foi moderada por Luís Guerreiro (SPES), sob o tema «Certificação Sísmica – um meio para promover o reforço sísmico em operações de reabilitação urbana?», e contou com a participação de João Branco Pedro (LNEC), Jorge Meneses (APPC), Paulo Diogo (CML), Miguel Guimarães (APS) e Cláudia Pinto (CML).
No Painel 2, foram apresentados dois casos de estudo representativos da qualidade da coordenação e integração de projetos: «Um liceu no centro da cidade», sobre o Liceu Camões, em Lisboa, com intervenções de João Pedro Falcão de Campos (Falcão de Campos, Arquitecto) e João Appleton (A2P); e «Arquitetura e Engenharia no reforço sísmico do antigo Hotel Cidadela», em Cascais, apresentado por Rodrigo Soares (RMS Architecture), Eduardo Cansado Carvalho e Ricardo Rufino (GAPRES).
A iniciativa reuniu 295 participantes, entre arquitetos e engenheiros, esgotando o auditório — um sinal claro de que estes profissionais estão empenhados em melhorar a resiliência física do edificado existente.
Esta 2.ª edição constituiu mais um momento de convergência, partilha de conhecimento e experiências, reforçando a importância da coordenação entre arquitetura e engenharia de estruturas, com especial ênfase na redução do risco sísmico em contextos urbanos.