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17 julho 23 Lisboa e Vale do Tejo

Atlas dos Materiais e Ofícios da Construção

Lançamento a 19 de julho, 19h, na Sede da Ordem dos Arquitectos em Lisboa

O Atlas reúne num só lugar os elementos considerados essenciais na construção civil, a identificação das suas matérias-primas fundamentais e das suas formas de modelação e transformação.

Propõe um olhar transversal na procura ativa do saber-fazer e das técnicas da produção nacional, na transição da manualidade para a mecanização e para a industrialização.

O Atlas organiza os conteúdos em duas categorias — Materiais e Ofícios.

Nos Materiais, apresentam-se como produtos a extração de recursos naturais, e a transformação e o transporte de diversas matérias utilizadas na construção nas suas diversas escalas.

Nos Ofícios, expõem-se como serviços as diversas tecnologias de produção, conservação, reparação e restauro de património móvel e imóvel, quer para obras de reabilitação e de regeneração do edificado, quer para a construção nova.

O Atlas propõe o reconhecimento de uma ecologia da construção atenta aos princípios de sustentabilidade, evidenciando a urgência da revisão de modelos, de processos, de práticas e de procedimentos do atual universo da construção.

Nesse contexto, identifica as origens — orgânica-biológica, mineral-geológica ou físico-química — dos materiais de construção obtidos, quer por extração, quer por fabricação, sublinhando a magnitude das geografias de extração na consolidação de certas culturas da construção nas escalas local e regional.

Destaca ainda, na escala global, a mais-valia de uma análise do ciclo de vida dos materiais amplamente quantificada, embora de forma parcial — do início da extração das matérias-primas até à porta da fábrica (cradle to gate) — ficando a faltar uma aproximação quantitativa mais fina das duas fases finais do ciclo: do início até à obra (cradle to site) e do início até à fase de demolição e da deposição (cradle to grave).

O Atlas reúne assim informação fundamental disponível e anteriormente dispersa, como contributo para uma escolha consciente dos materiais, dos sistemas construtivos e dos serviços adequados a cada escala projetual, aproximando a abordagem concetual e programática da arquitetura a uma abordagem ética e valorativa da prática da profissão que promova intervenções integradas, justas e eficientes para a manutenção do nosso habitat.

A recolha de dados a partir da qual se desenvolveu toda a pesquisa fundamentou-se num trabalho de campo concretizado entre setembro de 2021 e novembro de 2022. 

 

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